Yamaha Ténéné 600 nas CLÁSSICAS DO OTOCH!

Yamaha Ténéné 600 nas CLÁSSICAS DO OTOCH!
Tenéré 250, 600 e Supertenéré 1200
Tenéré 250, 600 e Supertenéré 1200

Nestes dias encontrei num estacionamento essa Yamaha Ténéné 600, uma peça clássica da historia do motociclismo mundial! Essa passou por uma restauração muito bem feita! Parece uma zero km que acabada de sair de uma concessionária! Então, tomado por uma nostalgia de um tempo em que eu só andava na mini-moto do meu irmão mais novo ou na mobilete Caloi do namorado da minha vizinha, resolvi escrever sobre esta belezura da foto que foi um grande ícone dos anos 90!

No Brasil, este modelo da foto foi comercializado entre 1990 e 1993 e até hoje possui um enorme grupo de seguidores apaixonados! Mas tudo começou na década de 70, bem antes de surgir o nome que se tornaria uma lenda viva.

A XT500

TX600 Ténéré 1986 - primeiro modelo
TX600 Ténéré 1986 – primeiro modelo

Percebendo que os motociclistas começavam a querer equipamentos mais potentes para uso fora da estrada, em 1976 a Yamaha lançava a XT 500 e inaugurava assim um novo segmento de motocicletas, o das grandes motos para uso misto, com grandes motores a quatro tempos e um único cilindro. Ótimo torque e baixa manutenção, a receita ideal pra quem quer atravessar um deserto ou apenas fazer uma longa viagem mas, ao contrário das pessoas “normais”, quer evitar o asfalto e está à procura de passar por rios e muita lama.

Em 1982 esta grande “fora” de estrada  recebe um aumento de cilindrada, passando a ter agora 550cc. Não satisfeitos com o resultado, os japoneses lançam a XT 600 apenas dois anos depois. Nessa época, o Rali Paris-Dakar, que começou no fim de 1978 e começo de 79, apesar de recente já era uma febre, e os fãs queriam uma moto não só off-road, mas que também tivesse o design parecido com as máquinas que competiam no rali, com aquela grande frente levantada (que pra mim lembra um inseto “louva-deus”) e um útil pára-brisa, além de um banco um pouco mais anatômico, mas que funcionasse bem em terrenos acidentados.

E dos Tuaregue veio o ‘deserto’

Ténéré 600 ano 1990 que encontrei estacionada me apaixonei
Ténéré 600 ano 1990 que encontrei estacionada me apaixonei

Foi então que em 1986 a TX 600 ganhou uma roupa de gala pra cruzar qualquer deserto e junto veio o surgimento do lendário nome Ténéré (lê-se Tenerê), que significa “deserto” na  língua dos Tuaregue, um povo semi-nômade que vive na região centro-sul do deserto do Saara chamada por eles adivinha de que? (Tam tam tam taaammm) Ténéré! Claro…

No mundo todo seu lançamento foi um alvoroço e agora todo mundo poderia ter uma moto com cara de guerreira de rali, que topava tudo! Logo ela se tornou um sucesso de vendas na Europa e chegou no Brasil em 1988, se tornando também a queridinha de toda uma geração de apaixonados por off-road, mas que não podiam (ou não queriam) ter um moto exclusivamente pra “lama” e outra pra estrada.

“Camelo Mecânico”

XT750z Super Ténéré 1990
XT750z Super Ténéré 1990

A “Camelo Mecânico” de 600cc lançada no Brasil em 1988 era na verdade o modelo europeu de 1986. Só em 1990 foi chegou o modelo atualizado (na Europa desde 1988), com farol duplo, partida elétrica, pára-brisa muito útil e outras melhorias. Mas, como o mercado naquela época era muito complicado em relação à oscilação de preços em relação ao dólar, a lendária 600cc saiu do mercado brasileiro em 1994, já que a XT600 passava a ser montada em Manaus desde o fim de 1993. Como a Ténéré era importada, seu preço logo ficou impraticável em relação à irmã pelada.

Com o sucesso que o nome Ténéré carregava, em 1989 foi lançada na Europa e Japão a versão XT 750 Z Super Ténéré, com motor mais moderno e mais potente, freio traseiro a disco, design atualizado e outras pequenas modificações. Essa reinou no mercado das big-trail brasileiras desde quando foi lançada no País em 1990 até sair de linha, em 1996. O motivo de ela sair do mercado (no Brasil) foi o lançamento da TDM 850 em 1993, que vinha com motor de mesma tecnologia, mas com maior cilindrada e, não menos importante, com preço mais acessível.

Rainhas que não perdem a majestade

Chegava em nosso país o fim de uma era dominada pelas Rainhas dos Desertos. Muitos anos se passaram e seus fãs, sempre fiéis, nunca a esqueceram.  E assim como os nômades que vão e voltam, quando ninguém mais esperava, a família Ténéré  retornou ao mercado em 2008 com modelos totalmente reformulados. Elas desembarcaram no Brasil em 2011, agora com as versões 250cc, 660cc e a Super Ténéré de 1200cc!

Ténéré 600: motor de 1 cilindro, 4 tempos, refrigerado a ar; comando no cabeçote, 4 válvulas. Diâmetro e curso, 95 x 84 mm. Cilindrada, 595 cm³. Taxa de compressão, 8,5:1. Potência máxima, 42 cv a 6.500 rpm. Torque máximo, 5,1 m.kgf a 5.500 rpm. Um carburador; partida elétrica.

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Redação Geral

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