Novas tecnologias permitem jogar sem usar as mãos

No início de Abril, Adam Wilson postou uma atualização no site Twitter através do pensamento. A mensagem continha apenas 23 caracteres: “usando EEG para enviar twete” .

Wilson, doutorando em engenharia biomédica da Universidade de Madison, faz parte de um grupo que reúne investigadores do mundo inteiro para aperfeiçoar um sistema de comunicação para pessoas que perderam o controle dos membros, embora seu cérebro continue funcionando normalmente. Entre eles estão pessoas com esclerose lateral amiotrófica (ELA), acidente vascular cerebral ou lesão da medula-espinhal.

Eletrodos detectam sinais elétricos do cérebro – essencialmente, pensamentos – e traduzem em ações físicas, como o movimento de um cursor sobre uma tela de computador. “Começamos a pensar que mover um cursor sobre uma tela é um bom exercício científico” , diz Justin Williams,professor assistente de engenharia biomédica e orientador de Wilson. “Para as pessoas que têm dano na medula-espinhal, a sua preocupação número 1 é a comunicação.”

A interface é constituída, essencialmente, de um teclado exibido em uma tela de computador. “Todas as teclas aparecem na tela, e cada uma delas pisca individualmente” , diz Williams. “Você tem que pressionar um botão quatro vezes para obter o caractere que você deseja” , diz Wilson.

A pesquisa é financiada pelo National Institute of Health, UW-Madison Instituto de Pesquisa Clínica, “UW Madison – WH Coulter” Parceria de Investigação em Engenharia Biomédica e pela Wisconsin Alumni Research Foundation.

Jogando sem as mãos:

Duas empresas estão colocando no mercado uma parafernália tecnológica que tem em comum o mesmo sistema: o eletroencefalograma que registra circuitos elétricos do cérebro. A engenharia biomédica apresenta o Epoc e o NeuroSky, evoluções incríveis para entretenimento no mundo digital.

O trabalho foi desenvolvido no laboratório da empresa australiana Emotiv. A ideia era deixar as mãos dos jogadores livres, permitindo que usar apenas a força de seus pensamentos. Foi assim que nasceu o Epoc, um capacete que interpreta a interação dos neurônios no cérebro e envia os dados, por meio de conexão sem fio, para um computador.

“Essa tecnologia possibilita ao usuário manipular um jogo ou um ambiente virtual naturalmente”, diz Tan Le, presidente da Emotiv. Como o nosso cérebro envolve cerca de 100 bilhões de células que emitem impulsos elétricos, ele é o comando ideal para o funcionamento do novo capacete. A interface cérebro-computador lê os impulsos elétricos e os traduz em “ordens” que podem ser aceitas por um videogame.

Já o NeuroSky é um capacete que permite ao jogador usar suas ondas cerebrais para acender a espada do personagem Darth Vader. Ele identifica sinais elétricos cerebrais captados por um eletrodo e os transmite para um sensor sem fio acoplado ao brinquedo. Quando o usuário se concentra, o produto responde a comandos para os quais o brinquedo foi programado. Já a falta de concentração faz com que a espada se apague.

Você já se imaginou jogando sem pegar no joystick?

Para ver mais: Usando o pensamento para postar no Twitter NeuroSky EmtivEPOC

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Redação Geral

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