CASO MEGAN MEIER: criar ‘bogus’ configura crime federal.

Parece um daqueles roteiros de filme policial, mas é verdade e uma menina morreu. A história é que vizinhos da menina e uma empregada doméstica de 18 anos de idade criaram o perfil de um garoto adolescente no My Space. Esse falso garoto passou a paquerar Megan Meier. Segundo as investigações, o perfil do adolescente virtual era manipulado por “várias pessoas”, que tinham acesso às senhas.

Ninguém sabe ao certo, ainda, quem mandava as mensagens que supostamente teriam gerado o suicídio de Megan Meier. O promotor do condado de St. Charles, nos Estados Unidos, se negou a oferecer denúncia contra os internautas que postaram as mensagens virtuais que teriam incentivado a menina de 13 anos a cometer o suicídio.

Mas o advogado de uma das acusadas defende que “violar termos de serviço de um site não configura crime previsto nas leis federais dos Estados Unidos”. O argumento foi usado pelo advogado de Lori Drew, uma das acusadas pelo suicídio de uma menina de 13 anos de idade. Os pais de Megan Meier, a menina que se enforcou há dois anos, sustentam que o suicídio foi gerado após ela ter lido mensagens que a destratavam, postadas no site de relacionamentos My Space, que tem 62 milhões de usuários.

Lori Drew é acusada de ter criado o falso perfil do menino de 16 anos de idade, que postava mensagens na página da adolescente suicida, com alegações de que ela era “muito feia e disforme”. A última mensagem, que a teria conduzido ao suicídio, referia que “o mundo seria um lugar muito melhor sem você”. A menina leu esta mensagem e se matou, em outubro de 2006, no dia seguinte, enforcando-se no armário do seu quarto, dizem seus pais. Megan sofria de problemas de auto-estima e era de personalidade frágil. Lori sabia disso e criou o perfil falso para que ela e a filha pudessem vingar-se da menina que havia decidido mudar de escola e romper a amizade.

O advogado de Lori Drew sustenta que “a acusação falhou em mostrar que minha cliente é culpada porque violou os termos de serviço do site”. Umas das cláusulas do My Space alerta ao internauta que criar perfis falsos, conhecidos no mundo da internet como “bogus”, configura crime federal.

Lori Drew não foi indiciada pela morte da menina, mas sob uma lei chamada Ato de Fraudes e Abusos em Computadores, geralmente empregada para combater violação de direitos autorais e também piratas da net, os hackers. Lori Drew pode pegar três anos de prisão e ter de pagar fiança de US$ 300 mil. O caso está em andamento na cidade de Los Angeles, na Califórnia, e está na fase das alegações finais. Ao que tudo indica, Lori será condenada.

As informações são do site Findlaw.

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Redação Geral

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