Belo Horizonte: "Radar-surpresa" começou a multar desde o dia 08 de junho

Belo Horizonte: "Radar-surpresa" começou a multar desde o dia 08 de junho

A Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) anunciou ontem o início do funcionamento de um novo modelo de radar. Chamado pela empresa de “estático”, o “radar-surpresa”, que começou a ser operado desde o dia 8, na avenida Cristiano Machado, na região Nordeste da capital, opera dentro de um veículo utilitário, de onde emite ondas eletromagnéticas e fotografa a placa dos carros que estiverem acima do limite de velocidade permitido.

Apesar do nome, o aparelho é móvel e pode ser levado de um local ao outro ao longo do dia. A BHTrans garante que o “radar-surpresa” só será usado em locais onde já funcionam outros equipamentos de controle de velocidade, devidamente sinalizados. Pelo menos 18 avenidas e ruas da capital contam com equipamentos de controle de velocidade atualmente.

O primeiro equipamento do tipo estático ficará em um veículo Doblò caracterizado. O aparelho também poderá ser usado fora do veículo.

A nova arma da BHTrans contra os apressadinhos será inaugurada na altura do número 2.040, da Cristiano Machado, no sentido centro/bairro, em frente à Feira dos Produtores. Quem passar hoje pelo trecho acima dos 60 km/h permitidos pode se considerar multado.

Em princípio, apenas um equipamento será usado, mas o contrato firmado com a empresa Splice Indústria, Comércio e Serviços, vencedora da licitação, prevê a inclusão de mais dois aparelhos do tipo no pacote de 50 controladores eletrônicos de velocidade espalhados pela capital atualmente. A data para início da operação dos outros dois radares estáticos não foi informada pela BHTrans.

A intenção da medida, informou a empresa, em nota, é “permitir a fiscalização de trechos críticos da capital, garantindo um maior respeito por parte dos condutores às velocidades máximas regulamentadas”. O novo radar irá funcionar em todos os dias da semana, inclusive sábados, domingos e feriados.

Reprovado. Os primeiros testes para a instalação do novo modelo de controle móvel de velocidade aconteceram em janeiro de 2010. Um mês depois, o aparelho apresentado pelo consórcio BH Segura, que operava os radares na época, foi reprovado. Os resultados mostraram que o percentual de perda (no registro dos veículos em movimento) foi superior ao estabelecido no edital, de 10%. Das 428 imagens captadas pelo radar estático, 13,55% (ou 58) foram invalidadas.

A BHTrans informou que o aparelho que começa a multar a partir de hoje passou por verificação do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem).

Análise – Para especialista, medida é eficaz e necessária

Além dos 50 radares fixos em funcionamento na capital e do “radar-surpresa”, a BHTrans prevê instalar outros 52 aparelhos. Desses, 40 são para detectar avanço de semáforo e outros 12 serão utilizados no combate ao avanço de faixa exclusiva de ônibus. A BHTrans não informou a data exata para os novos equipamentos entrarem em operação.

A empresa responsável pela gestão do trânsito da capital justifica a instalação de radares dizendo que as medidas, implementadas desde 2000, evitam acidentes e preservam 180 vidas por ano.

Para o professor de engenharia de transportes, Ronaldo Guimarães Gouvêa, a instalação de radares é necessária e eficaz. “Toda medida para controlar a velocidade em área urbana é bem-vinda”, disse.

O especialista questiona a ira de motoristas que reclamam dos novos radares. “Eles acham que não deveria ter nenhum tipo de controle. A cidade é das pessoas e não dos carros. Temos que respeitar os pedestres e controlar a velocidade dos automóveis”.

Para ele, nem mesmo o modo de funcionamento do equipamento – escondido dentro de um veículo – merece críticas. “Quem andar na velocidade permitida não será pego de surpresa. As pessoas estão acostumadas a diminuir a velocidade apenas onde tem radar, mas não deve ser assim”, finalizou.

Jornal O Tempo

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Redação Geral

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