A difícil decisão de trocar de moto

A difícil decisão de trocar de moto

Alexandre Patriarca é colaborador do Motonline

Decidir trocar de moto não é fácil, sobretudo quando há um fator sentimental sobre o objeto em questão, mas após 7 anos e 115 mil km de muitas alegrias e histórias, a necessidade falou mais alto. Já era hora de trocar de moto.

A bela em seu primeiro passeio à Itu

Depois de ler, discutir muito com os amigos e botar na ponta do lápis tudo sobre o assunto – quais as opções, melhor custo-benefício (seja lá o que isso significa), nova ou usada, peças de reposição, revisões, seguro ou rastreador, gosto pessoal – veio a parte mais difícil. Qual seria a moto?

Como não foi fácil para mim chegar na decisão, decidi compartilhar esta experiência que para muitos pode ser até corriqueira, mas creio que para a maioria de nós nunca é assim tão simples. E não é simples porque é muito importante levar em consideração todas as possibilidades e variáveis antes de tomar decisões desse tipo para não tomar susto nenhum no meio do caminho ou arrepender-se lá no final, quando nada mais pode ser mudado.

Não tinha urgência em adquirir outra moto e iria adiar a decisão o máximo possível. O sentimento aí falou mais alto até que houve a quebra da velhinha (a moto) e fiquei mais de um mês a pé. Sabe como é moto velha e muito usada, ao consertar uma coisa quebra outra. Eu estava literalmente de caso com o mecânico. Ficava com ela um dia e o mecânico ficava com ela uma semana. Isso me consumiu dinheiro, tempo e paciência.

Então resolvemos (eu e a patroa) trocar de moto. Tudo bem, mas como? Ou melhor, com que dinheiro? Então começamos uma peregrinação para levantar a verba, dar um tapa na velhinha (na moto) e deixá-la vendável para ajudar nesse caminho! Decidimos então por uma moto zero km pois era o mais correto a fazer no momento e a tal da relação custo-benefício era razoável.

A velhinha que deixará saudades

Levantamos o dinheiro e fomos comprar a moto. Mas não foi assim fácil e rápido como parece. A burocracia envolvida nisso é exaustiva. Vende a velhinha (a moto), vai à loja, acerta a papelada, vai ao banco, transfere a verba, volta na loja, pega a papelada, uma semana para sair a nota fiscal e como não poderia deixar de ser, a mesma vai parar em outra cidade, a moto nova chegou quatro dias antes da nota, busca a mesma e dá entrada na documentação, o que pede um parágrafo à parte, pois decidi fazer eu mesmo o primeiro licenciamento.

Dar entrada na documentação para emplacamento é relativamente rápido e fácil, desde que você tenha uma paciência de Jó, os bancos não estejam em greve e você saiba preencher a papelada sem errar nem uma vírgula. Claro, eu só cumpri o primeiro requisito. Ah, claro, e a moto esteja cadastrada no sistema da secretaria da fazenda para gerar os devidos boletos, algo que também não aconteceu naturalmente. Mas o que é preciso para fazer o primeiro emplacamento da moto?

A moto não existia no cadastro; culpa do sistema

Nesse link do site do Detran SP são fornecidas todas as informações necessárias, lembrando que é preciso ir ao Banco do Brasil pois é só lá que podem gerar e pagar as primeiras taxas de emplacamento e ao Detran/Ciretran ao menos 2 vezes, pagar as taxas e apresentar as mesmas ao órgão. Então após toda essa peregrinação que foi das 9:00 às 16:00, passando por um despachante e um chefe de departamento no Ciretran que não sabiam como resolver o caso da falta de cadastro da moto no sistema da secretaria da fazenda. Mas um simples telefonema resolveu. Como a moto não constava no sistema ao preencher as informações no site IPVA fazenda na área de Marca, bastaria clicar em “N”. Identificado o Modelo, clicar em Veiculo Nacional Não Cadastrado. Bom, após três viagens ao banco, porque o mesmo estava em greve, consegui pagar todas as taxas e a moto já existia para o maravilhoso sistema de impostos do nosso País. Seu nome? Yamaha XTZ Crosser 150.

A Yamaha Crosser fruto de exaustiva análise e que até agora surpreendeu positivamente

Nesse meio tempo, cotei seguro e rastreador, pois queria saber qual é o mais viável para o meu perfil. Aliás, fazer isso pela fazer isso pela Internet é prático e fácil. É só preencher um cadastro em algum site de rastreadores que logo eles entram em contato com você. Se preferir, procure um corretor de seguros conhecido ou indicado por alguém. No meu caso, optei pelo rastreador que “coube” no meu bolso.

Última foto da motoca

Aí foi só esperar…esperar…e ….. aguardar mais um pouco. A ansiedade era grande. Peguei a moto finalmente. Devo confessar que depois de tanto tempo com a suzukinha Intruder, achei que não me acostumaria e nem gostaria de outra moto. Estava redondamente enganado. Após 1300 km com ela a Crosser, não me vejo pilotando outra moto tão cedo.

Ela me surpreendeu pois seu motor mesmo em fase de amaciamento oferece respostas rápidas quando solicitado, seu design esguio e mais alto facilita muito a ultrapassagem em espaços livres e a passagem pelos corredores em São Paulo e o fato do seu motor ser Flex – bicombustível – também me chamou a atenção. Veja mais sobre minha avaliação desta moto no link do Guia de Motos da Comunidade Motonline.

Por enquanto é isso. Quem se interessar em acompanhar como se sai a Yamaha Crosser pode acessar o tópico Relatório da XTZ Crosser com informações que os donos da moto podem postar e quem mais quiser pode tirar dúvidas. Até a próxima….. moto!

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Redação Geral

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