Suzuki GSR 150i: Uma agradável surpresa (Moto.com)

Testes

Paulo Souza

Para concorrer no maior segmento do mercado de motos brasileiro, a Suzuki lançou no fim de 2011 um modelo street de baixa cilindrada, a GSR 150i. Muito parecida com sua antecessora, a Yes 125, a recém-chegada motocicleta da Suzuki recebeu alguns componentes que a deixou ainda mais forte para enfrentar a concorrência. Mas, como é o seu desempenho na prática? Quais são seus diferenciais? Confira nosso teste e saiba por que a GSR 150i está na briga do segmento de baixa cilindrada!

Diferencial

Apostando em detalhes únicos a Suzuki optou em montar uma motocicleta “popular”, mas com alguns componentes de modelos maiores, por exemplo, a suspensão traseira a gás e o motor com câmbio de seis marchas, um diferencial para sua categoria.

Na prática a suspensão traseira trouxe ao modelo uma maciez maior, absorvendo suavemente as irregularidades do asfalto. Essa característica é bem perceptível durante a pilotagem e os impactos derivados das más condições da pista são aliviados, dando ao piloto muito mais conforto.

Em relação a sua sexta marcha, a Suzuki acertou em cheio! Quando pilotei a moto pensei que as primeiras marchas seriam um pouco curtas devido ao câmbio de seis engrenagens, porém a GSR 150i me surpreendeu. Todas as marchas são bastante elásticas e faz a moto disparar na frente dos carros e também de algumas outras motos ao sair no semáforo.

A GSR 150i é equipada com um motor monocilíndrico OHC de 2 válvulas com refrigeração a ar e sistema e eixo balanceado, capaz de gerar 12 cv de potência máxima. Seu motor, alimentado por injeção eletrônica, é bastante macio e silencioso. Segundo o velocímetro, a velocidade máxima alcançada com o modelo foi de 120 km/h. A marca foi registrada ainda em quinta marcha, tendo a sexta como uma carta na manga para diminuir o giro do motor, evitar maiores vibrações e economizar combustível.

Estilo

A GSR 150i segue os mesmo traços dos outros modelos de baixa cilindrada da Suzuki. É equipada com rodas de liga leve, bastantes detalhes cromados e um design semelhante às irmãs Yes 125 e GRS 125. Apesar de alguns itens lembrarem mais um modelo retrô, não me agradaram, pois deixaram o modelo com cara de ultrapassada.

A começar pelos grandes retrovisores, que pelo lado funcional possui um ótimo ângulo de visão, mas tem linhas quadradas, lembrando muito suas antecessoras. Outro item dispensável, são os famosos “olho de gato” nas laterais das bengalas, que também fazem lembrar as motos antigas. No entanto, esse item pode ser facilmente removido desrosqueando-os no sentido anti-horário.

Além das rodas de liga leve de 18”, o modelo vem equipado com partida elétrica, suporte de bagageiro de série, tampa de combustível semelhante aos modelos Premium e um  painel de instrumentos completo,com velocímetro, conta-giros analógico, indicador de marcha digital, marcador de combustível e odômetro total e parcial.

Dia a dia

Rodamos com a GSR 150i por cerca de 300 quilômetros apenas dentro do perímetro urbano. Podemos dizer que a motocicleta cumpriu o seu papel de forma eficiente com um bom desempenho. O consumo médio ficou na casa dos 32 km/l, um número bom, mas dentro do esperado para um modelo que pesa 132 kg em ordem de marcha.

Com uma posição agradável, a pilotagem poderia ser ainda melhor se não fosse o seu baixo guidão, que faz o piloto ficar mais inclinado para frente. Entretanto, quando nos locomovemos em pequenas distâncias, este detalhe não faz muita diferença, porém pode incomodar rodando durante um tempo maior.

Ao rodarmos à noite, percebemos que a potência do seu farol é bastante limitada, semelhante há outros modelos de baixa cilindrada. O conjunto de freios composto por disco simples na dianteira e tambor na traseira, não freiam a moto imediatamente, o que exige uma tocada mais cautelosa.

Conclusão

A GSR 150i demonstrou ser uma motocicleta com potencial de sobra para estar na disputa das modelos street de baixa cilindrada, principalmente devido aos seus diferenciais como o câmbio com seis marchas, suspensão traseira a gás e painel de instrumentos completo.

Entretanto, apesar de todos esses diferenciais, seu preço público sugerido de R$ 6.829 se aproxima muito da sua principal concorrente, a Honda CG 150 Titan (R$ 7.120 na versão ESD), que por sua credibilidade vem dando trabalho a concorrência há anos. Porém, a GSR 150i possui ótimos atributos para conquistar quem deseja iniciar a vida sobre duas rodas, ou até mesmo para os profissionais motofretistas.

Pontos positivos
– Suspensão traseira a gás
– Câmbio com seis marchas
– Motor silencioso

Pontos negativos

– Design retrô

O jornalista utilizou nos testes Capacete Norisk, Jaqueta Race Tech e calça HLX.

Ficha Técnica
Motor – 4 tempos, 1 cilindro, 2 válvulas, OHC, refrigeração a ar
Cilindradas ————————————————— 149,5 cm³
Diâmetro X Curso ————————————— 57,0 x 58,6mm
Taxa de compressão ———————————————– 9,1:1
Potência máxima ————————— 12 hp (métrico) a 8.000 rpm
Torque máximo ———————————- 1,08 kgf.m a 6.000rpm
Sistema de lubrificação ———————————— Cárter úmido
Sistema de Partida ———————————————– Elétrica
Alimentação —————————————— Injeção eletrônica
Tipo de ignição ———————————————— Eletrônica
Suspensão Dianteira – Telescópica de amortecimento hidráulico, mola helicoidal
Suspensão Traseira – Balança articulada, com amortecedores hidráulicos/ pressurizado a gás, mola helicoidal, com ajustes de pré-carga da mola
Freio Dianteiro —————————————————– Disco
Freio Traseiro —————————————————- Tambor
Comprimento Total ——————————————- 2.055 mm
Largura Total ————————————————— 730 mm
Altura Total ————————————————— 1.020 mm
Distancia Mínima entre Eixos ———————————- 1.270 mm
Distancia do Solo ———————————————– 165 mm
Altura do Assento ———————————————– 730 mm
*MVOM ———————————————————– 132 kg
Pneu Dianteiro ————————— 80/80-18 M/C (52P), sem câmara
Pneu Traseiro ————————— 90/90-18 M/C (57P), sem câmara
Tanque de Combustível —————————————– 14 litros
Óleo do Motor —————————– 1,1 litros (com troca de filtro)

Fotos: Leandro Lodo

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Redação Geral

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