O maior fabricante de motos da China lançará moto no Brasil.

(Foto: Zhou Pengcheng/ Divulgação)

Na China a parceria Haojue-Suzuki lidera em produção e vendas, mas a marca exporta somente 12% de seus produtos e isso fez com que a Haojue saísse à caça de novos mercados e, no Brasil, conseguiu fechar parceria com a Dafra para em breve estar lançando a RIVA 150.

Já faz algum tempo que eu venho escrevendo que de nada adianta ter preconceito com produtos chineses, pois de uma forma ou de outra sua moto tem como segundo idioma o mandarim.

Segundo a Abraciclo o Brasil espera fechar 2011 com 2.141.000 motocicletas produzidas, superando o recorde histórico de 2008 de 2.140.907 unidades. Pois é… a China, este ano, vai fabricar 26 milhões de motos.

A China é a líder mundial em produção de motos. Em segundo vem a Índia, depois Indonésia e Tailândia. O Brasil aparece em 5º. Das 26 milhões de motos fabricadas na China cerca de 10 milhões são exportadas. Ou seja: quase a metade. Nada a se estranhar para um país que consome a metade de todo aço do mundo.

Há uma evolução perceptível na fabricação chinesa e era de se esperar, pois eles possuem joint venture com quase todas as grandes marcas de motos japonesas e algumas italianas e até mesmo alemãs. Esse tipo de parceria transfere tecnologia e ela pode vir a ser usada com data marcada em virtude de acordos de utilização de patentes. É só uma questão de tempo.

O mais interessante nisso tudo é que ninguém escapou. Até mesmo a Suzuki possui uma joint venture com os chineses e suas motos também falam, além do japonês, o mandarim.

Como já havia comentado em outra coluna – Assumidamente Chinesas – onde falo do China South Group que engloba empresas como Jialing (TRAXX n Brasil), Qingqi, Jianshe e outras, os fabricantes chineses estão presentes em quase todas as marcas. A Kasinski tem uma parceria muito forte com a Zongshen. Suas motos de até 150cc são movidas por esses motores. Já as acima de 250cc recebem os motores Hyosung (coreanos).

A Haojue é, há oito anos, o maior fabricante de motos da China e também possui uma joint venture com a Suzuki desde 1992 e produz anualmente um total de 3 milhões de motos ao ano, somadas as motos das marcas Haojue e Suzuki. A intenção dos chineses da Haojue é chegar aos 5,5 milhões de motos, pois a capacidade máxima de produção da gigante chinesa das duas rodas é ainda quase o dobro da obtida hoje.

A RIVA 150, fruto da parceria da Dafra com a Haojue no Brasil, já existe na China em uma versão que, se fosse vendida aqui, não duraria muito e seria um grande problema. Para chegar ao Brasil ela precisou passar por várias adaptações que acabaram por se transformar em um projeto quase que totalmente novo.

A RIVA 150 recebeu um guidão mais alto, visual mais com a cara dos brasileiros, ajuste de suspensão para as ‘ótimas’ estradas nacionais e relação de marchas diferente – mais longas. Tudo isso foi feito por que andar numa moto na China é bem diferente do modo como se pilota no Brasil.

Só para se ter uma idéia os chineses andam bem devagar e a média não passa de 40 km /h; coisa impossível para o motociclista brasileiro que, mesmo numa 125cc, reclama que ela não chega a 120 km/h. O motor da Riva 150 é um monocilíndrico de 149,4 cm³, 4 tempos, refrigerado a ar, com carburador e promete alcançar potência máxima de 12,1 cavalos a 8.250 rpm e 1,11 mkgf a 6.600 rpm e deverá chegar aqui na faixa do 5 mil reais.

Como eu disse na minha coluna sobre o Salão Duas Rodas, o Mandarim é o idioma oficial do segmento de Duas Rodas e os que sobraram, ou seja, aqueles que ainda não fabricam suas motos na China estão com os dias contados. Da mesma forma aqueles que torcem não só o nariz, mas o corpo todo para produtos chineses e ainda aqueles mais radicais que dizem: “Se for chinês eu não uso!” terão que rever seus conceitos ou vão andar a pé, por que tanto carros como motos, já tem como seu segundo idioma o mandarim. Para algumas marcas ele já é o primeiro.

Fonte – G1

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Redação Geral

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